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Maus-Tratos Psicológicos

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A ideia de “criança” como pessoa de direitos é recente e tem vindo a assumir uma importância cada vez maior. Uma criança feliz torna-se num adulto feliz e saudável capaz de constituir uma família harmoniosa onde cresçam crianças felizes.
Já falámos na Convenção dos direitos da criança quando escrevemos sobre o direito a brincar; esta Convenção veio dar apoio à criação de uma lei que proteja as crianças e assegure os seus direitos. Esta Lei (de Protecção de Crianças e Jovens 147/99) defende, entre outros aspectos a promoção do bem-estar da criança afastando-a de situações de perigo, tais como o estar abandonada, o sofrer maus tratos físicos ou psíquicos, ser vítima de abusos sexuais ou ainda não receber os cuidados ou a afeição adequados (aqui fica o PDF para lerem a lei).
Também já falámos em Alienação Parental, que é uma forma de maus-tratos psicológicos; por isso hoje vamos escrever sobre Maus-tratos. É muito difícil definir e diagnosticar “Maus-Tratos psicológicos”. Dos vários artigos lidos, destaco a definição de “Maus-Tratos Psicológicos” como:

…falha em fornecer um ambiente de apoio apropriado ao desenvolvimento, incluindo a disponibilização de uma figura de referência que possa assegurar estabilidade das competências emocionais e sociais. Podem ser passivos ou activos, com elevada probabilidade de deixar marcas indeléveis mentais, cognitivos, espirituais, morais ou sociais.em Revista Portuguesa de Clinica Geral (2003) por Mário Cordeiro

As crianças que assistem a discussões verbais e físicas intensas entre os pais, que escutam um progenitor a denegrir o outro utilizando frases como “o teu pai não presta” ou “a tua mãe não gosta de ti”, e que são sujeitos a tentativas de manipulação como “se fosses meu amigo fazias/dizias/ contavas-me…” estão sujeitas a Maus-tratos psicológicos.

Os sintomas manifestam-se nos vários contextos que a criança se insere (escola, casa, amigos, …) através de tristeza, mudanças de humor, desinteresse e apatia, dificuldades escolares, agressividade, entre outros.

Estar alerta a estes sinais é defender o futuro das nossas crianças.


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